O mercado elevou a projeção para o crescimento da economia este ano de 0,39% para 0,50%, após o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre ter surpreendido ao subir 0,2% sobre os primeiros três meses do ano. As estimativas do boletim Focus para a atividade em 2017 estavam estacionadas há sete semanas abaixo de 0,40%.

De acordo com o IBGE, o retrato do segundo trimestre mostrou uma forte reação do consumo, via comércio e serviços, com pouco dinamismo da indústria e investimento muito fraco. Desta forma, apesar de elevar a estimativa para o PIB no geral, os economistas consultados para o Focus mantiveram a projeção de alta de 1% da produção industrial. Para 2018, a perspectiva de crescimento segue em 2%.

Para a balança comercial, que contribuiu com o avanço do PIB no segundo trimestre, o mercado estima superávit de US$ 61,35 bilhões, valor um pouco acima da projeção feita pelo governo, de US$ 60 bilhões. Com o resultado de agosto, a balança superou no ano o saldo positivo de 2016 e acumula superávit de US$ 48 bilhões. Para 2018, a estimativa do Focus para as trocas comerciais se mantém em superávit de US$ 48 bilhões.

IPCA

O mercado voltou a jogar para baixo as previsões para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano e para o próximo. A previsão para 2017 caiu de 3,45% para 3,38% enquanto a projeção para os próximos 12 meses recuou de 4,30% para 4,19%.

Para o ano que vem, a projeção caiu de 4,20% para 4,18% após ser mantida por seis semanas seguidas. Para o IPCA de agosto, que será divulgado na quarta-feira, os analistas consultados pelo Focus também cortaram a projeção de 0,44% para 0,39%.

Selic

Os economistas também consolidaram a projeção de corte de 1 ponto percentual na taxa básica de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre entre amanhã e quarta-feira, mantendo a projeção para a Selic em setembro em 8,25%. Para o fim do ano, a estimativa foi mantida em 7,25% e para 2018, em 7,50%.

O grupo das instituições que mais acertam as projeções (Top 5) vê juros ainda menores no período e mantiveram para 2017 e 2018 a estimativa de Selic em 7%. Para a inflação pelo IPCA, a mediana de médio prazo do Top 5 manteve a perspectiva de alta de 3,27% em 2017 e de 4,19% em 2018.

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Via Valor Econômico