A queda acentuada na venda de veículos afeta ainda mais o pífio resultado da indústria brasileira. No mês de maio, houve redução de 27,5% nas vendas do setor frente ao mesmo mês do ano passado.
Essa grande retração acontece agora porque o governo, nos últimos anos, forçou a venda de automóveis por meio de crédito fácil e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Como essas fontes se esgotaram, o mercado do país teve que cair na realidade. Diversas montadoras estão com férias coletivas e haverá mais desemprego no setor.
Santa Catarina sente mais o efeito disso nas indústrias produtoras de autopeças e nas revendas de automóveis. O impacto ocorre também nas importações. Nos portos do Estado, houve recuo de 50% nos desembarques de veículos de janeiro a maio deste ano frente aos mesmos meses do ano passado.
Como veículos são bens de alto valor, o mercado vai demorar para retomar crescimento. As previsões são de que isso vai ocorrer só no ano que vem. Para este ano, a Anfavea, associação dos fabricantes do setor, prevê queda de 20,6% frente a 2014. É bom lembrar que além dessa queda no mercado interno, as fabricantes de carros tiveram que investir em novas unidades no Brasil em função das exigências do novo regime automotivo Inovar-Auto. Este é o caso da BMW, que veio para Araquari, em Santa Catarina. Mas por atuar no segmento de luxo, ela sente menos a crise embora não tenha alcançado resultado positivo no primeiro quadrimestre.

 

Via Clic RBS – Blog Estela Benetti