Entre janeiro e julho de 2016 o Brasil registrou a criação de 1.199.373 novas empresas, o maior número para o período desde 2010, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas divulgado nesta segunda-feira, 03.

Trata-se de uma quantidade 1,8% superior à registrada nos sete primeiros meses de 2015, quando ocorreram 1.178.356 nascimentos. Em julho/2016 o indicador detectou a criação de 178.633 novas empresas, número 4,7% menor do que o apurado em julho/2015, quando os nascimentos foram de 187.392.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o recorde de novas empresas criadas no país nos primeiros sete meses de 2016 foi determinado pelo chamado empreendedorismo de necessidade: dada a destruição de vagas no mercado formal de trabalho, pessoas que perderam seus empregos estão abrindo novas empresas visando a geração de alguma renda, tendo em vista as dificuldades econômicas atuais. Além disto, o processo mais facilitado e menos burocratizado de formalização de pequenos negócios trazido pela lei do MEI também tem impulsionado a criação de novas empresas nesta categoria.
O número de novos Microempreendedores Individuais (MEIs) nascidos nos sete primeiros meses deste ano foi de 953.060 contra 888.837 no mesmo período de 2015, alta de 7,2%. As Sociedades Limitadas registraram criação de 103.433 unidades, representando queda de 13,5% em relação ao intervalo anterior, quando 119.622 empresas surgiram. A criação de Empresas Individuais caiu 30,2%, a maior queda entre as naturezas jurídicas, com um total de 75.451 novos negócios entre janeiro e julho de 2016; de janeiro a julho do ano passado, o número foi de 108.128. O nascimento de novas empresas de outras naturezas teve alta de 9,2%, com 67.429 nascimentos nos primeiros sete meses do ano, contra 61.769 no mesmo período de 2015.
A crescente formalização dos negócios no Brasil e o empreendedorismo de necessidade são os responsáveis pelo aumento constante das MEIs, registrado desde o início da série histórica do indicador. Em sete anos, passaram de menos da metade dos novos empreendimentos (44,5%, em 2010) para 79,5% no último levantamento.
Via Economia SC