O PIB do Brasil do segundo trimestre, divulgado nesta terça-feira pelo IBGE, veio pior do que o esperado pelo mercado, caiu 0,6% quando a estimativa era de 0,5%. Esta foi a sexta retração trimestral seguida, o que confirma um ano e meio de recessão. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia retrocedeu 3,8% e no acumulado dos últimos 12 meses, em quatro trimestres, caiu 4,9%.

Esse número mostra que Santa Catarina está um pouco pior. A prévia do PIB estadual apurado por equipe das secretarias de Planejamento e Fazenda do Estado aponta que nos últimos 12 meses incluindo julho, a economia de SC retrocedeu 5,1%, me informou um dos economistas da equipe, Paulo Zoldan. No ano passado, quando o PIB do Brasil retrocedeu 3,8%, a prévia de SC apurou recuo de 4,1%. No país, frente ao primeiro trimestre, a agropecuária caiu 2%; os serviços, 0,8% e a indústria cresceu apenas 0,3%.

Taxa de investimento é boa notícia

O dado mais animador do PIB divulgado hoje é a taxa de investimento, denominada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que subiu 0,4% frente ao trimestre anterior após 10 trimestres de queda consecutiva. Ela indica mais compra de máquinas e equipamentos e melhor dinamismo da construção. Sinaliza, embora de forma tímida, que o país está voltando a crescer porque para crescer é preciso investir.

Queda da renda preocupa

Um indicador do PIB que mostra a força do consumo teve uma profunda retração, o PIB per capita. Nessa crise ele já caiu 9,7% nos últimos nove trimestres consecutivos, o que significa que o país empobreceu.

Recuperação lenta

A saída do fundo do poço dessa que já é apontada como a maior recessão de todos os tempos no país será lenta. Isto porque a taxa de investimento cresceu apenas 0,4% frente ao trimestre anterior e a indústria avançou apenas 0,3%, uma expansão tímida na avaliação do mercado. Todos os demais indicadores retrocederam.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti