O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu somente 0,1% no terceiro trimestre do ano em comparação com o segundo trimestre e caiu 0,2% frente aos mesmos meses do ano passado. O número pífio tirou o país da recessão técnica – com queda de – de – 0,6% no primeiro trimestre do ano – mas mostra uma economia quase parada, sem carregamento anterior porque quase tudo está com desempenho próximo de zero. No acumulado dos últimos quatro trimestres o PIB registrou crescimento de 0,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores e no período de janeiro e setembro deste ano frente aos mesmos meses do ano passado cresceu apenas 0,2%. Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2014 totalizou R$ 1,289 trilhão.
A indústria, que enfrentava resultado negativo há quatro trimestres, liderou o crescimento com alta de 1,7% no trimestre frente aos três meses anteriores. Os serviços tiveram expansão de 0,5%, a agricultura caiu – -1,9%, o consumo das famílias recuou -0,3% e o consumo do governo, com a pressão da eleição, cresceu 1,3% na mesma base de comparação. A taxa de investimento, representada pela formação bruta de capital fixo, avançou 1,3%, o que mostra um pequeno alívio ao lado do número positivo da indústria.
A taxa de poupança, outro dado importante do PIB, ficou em 14% no terceiro trimestre, muito abaixo da média nacional dos últimos anos, em torno de 16%. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que agora tem o desafio de criar as condições para a retomada do crescimento após atuar na empresa gestora de recursos (poupança) de clientes do Bradesco, tem razão ao defender mais poupança no país para apoiar os investimentos. A taxa de poupança da China, nosso principal competidor global na indústria, é perto de 50%. O fato é que os números do terceiro trimestre mostram uma economia gigante com inflação alta e praticamente parada (o que em linguagem econômica se chama estagflação) que necessita engatar uma marcha mais veloz.

 

Via Clic RBS – Blog Estela Benetti