A economia brasileira interrompeu seu mais longo e profundo ciclo de recessão e cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano puxada pela agropecuária. Segundo dados do IBGE, de janeiro a março deste ano a agricultura e pecuária do Brasil cresceram juntas 13,4%, a indústria teve expansão de 0,9% e os serviços ficaram estáveis em 0,0%. Isso confirma a trégua no ciclo recessivo, como diversas pesquisas indicavam, mas diante da crise política, o país pode fechar mais um ano no vermelho. Além da variação zero dos serviços, um dos piores dados divulgados pelo IBGE hoje é a taxa de investimento de apenas 15,6% do PIB, abaixo da registrada no mesmo período de 2016, quando ficou em 16,8%.

Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) estadual saem somente dois anos depois, mas a série de pesquisas oficiais já divulgadas sinalizam que a economia catarinense foi um pouco melhor do que  a média nacional no período de janeiro a março, o que significa que o ciclo recessivo também foi interrompido por aqui. Uma dessas pesquisas é o IBCR-SC, Índice de Atividade Econômica Regional, apurada pelo Banco Central, que registrou alta de 2,71% em SC no primeiro trimestre, enquanto no Brasil a média ficou em 0,29%.

Dos 13 produtos agrícolas mais importantes do Estado, nove terão produção maior este ano. Entre as maiores expansões estão o milho, que cresceu 15% frente a 2016, e o fumo, 27%. No primeiro quadrimestre,  em receita, as exportações de frango cresceram 23,3% e as de suíno, 57%. Segundo dados do IBGE, no primeiro trimestre o Estado registrou crescimento de 5,2% da produção industrial e o varejo cresceu 10,7%.  Mas os serviços seguiram em dificuldade. Recuaram 9,4% em volume e 2,6% em receita. Esses números indicam que a economia de SC, no primeiro trimestre, foi puxada principalmente pela agropecuária, indústria e comércio.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti