Economia estável favorece vendas de SC no país
Depois de muitas discussões, o projeto do arcabouço fiscal, que define novas regras para o controle dos gastos públicos federais, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e vai para o Senado. O governo espera que esteja aprovado até meados de junho. Embora não seja o ideal, estabelece controle de gastos públicos que leva a uma economia nacional mais estável agora e nos próximos anos e isso favorece Santa Catarina.
Mesmo para economistas, o novo regramento é considerado complexo. O novo projeto de lei define que sempre que o resultado primário das contas públicas crescer dentro da banda estabelecida, no ano seguinte o crescimento real (descontada a inflação) da despesa será igual a 70% do crescimento real da despesa primária, acumulada em 12 meses até junho.
O projeto prevê que essa possibilidade de aumento de gastos é limitada a um crescimento real da despesa de no mínimo 0,6% ao ano e no máximo de 2,5% ao ano. O novo arcabouço fiscal vai substituir o teto de gastos, em vigor desde 2016. Será uma das regulações principais do gasto público da União.
Esse novo regramento fiscal vai impactar a economia positivamente porque aumenta a confiança do setor privado na estabilidade economica futura. Quando as despesas públicas estão sob controle, o dólar cai, os juros caem e a inflação também recua, trazendo maior estabilidade aos mercados. Mais empresas ficam dispostas a investir e isso gera crescimento econômico no curto, médio e no longo prazo.
A economia mais estável, proporciona longos ciclos de crescimento. Isso beneficia principalmente pessoas de menor renda, que conseguem melhorar suas finanças com novos empregos ou avançam com negócios próprios.
A bancada catarinense votou sem surpresas no projeto. A base de apoio do governo do presidente Luíz Inácio Lula da Silva e mais partidos de centro votaram favorável. A oposição, principalmente o PL, votou contra. Chamou atenção o voto do deputado Jorge Goetten (PL). Empresário, ele explicou que votou a favor porque o arcabouço é necessário para o país ter estabilidade econômica, o que favorece as pessoas que mais precisam.
A expectativa é de que, com a sanção do arcabouço no primeiro semestre, seja aberta a possibilidade de o Banco Central iniciar no segundo semestre a redução dos juros básicos da economia, a Selic, que está em 13,75% ao ano. Também se espera melhoria dos principais indicadores econômicos do país.
Ao estabelecer as tão esperadas regras para o controle das contas do governo federal, o arcabouço fiscal melhora o cenário econômico brasileiro com impactos positivos diretos e indiretos para a economia catarinense. O Estado, com uma das economias mais dinâmicas do país, vai atrair mais investimentos. E com a economia nacional estável, empresas de SC vão vender mais no mercado nacional, para onde destinam a maior parte da produção.
Via NSCtotal – Coluna Estela Benetti