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Indicador levantado pelo Banco Central indica que a economia de SC cresceu mais do que a do Brasil em 2023

Santa Catarina encerrou o ano de 2023 com crescimento de 2,6% da atividade econômica, variação maior frente a média nacional, que registrou alta de 2,4% nesse indicador no mesmo período. É isso que mostra o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-SC), apurado pelo Banco Central do Brasil (BCB) e considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).

Em dezembro frente a novembro, na série com ajuste sazonal, Santa Catarina teve alta de 1,6% enquanto o Brasil cresceu 0,8%. No mês de dezembro comparado com o mesmo período do ano anterior, o Estado cresceu 3,2% e o Brasil, 1,4%.

Segundo análise do Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias de Santa Catarina, o resultado positivo da economia catarinense foi puxado pelo crescimento do agronegócio no lado da oferta, e pelo consumo das famílias, no lado da demanda.

Essas duas altas impulsionaram o setor de serviços, que liderou o crescimento no Estado, com alta de 8% no ano, segundo o IBGE. Essa foi a segunda maior alta do setor de serviços desde o início da série histórica do instituto em 2012. A primeira foi em 2021, segundo ano da pandemia, quando o setor cresceu 17,9%.  

Além da alta dos serviços em 8%, quando o Brasil cresceu 2,3% nesse indicador, no ano passado SC teve crescimento de 4% no comércio ampliado e o Brasil avançou 2,4%. Na indústria, a produção do Estado teve recuo de -1,3% enquanto o país cresceu 0,2%.

Ainda sobre os serviços em SC, o Observatório Fiesc avaliou que a resiliência do mercado de trabalho com aumento da renda média permitiu manter o consumo doméstico. Isso manteve em alta setores como imobiliárias, reparos domésticos e uso de cartões de crédito.

O setor também foi beneficiado pela alta surpreendente do agronegócio no Brasil no primeiro trimestre do ano passado. Isso gerou atividades em cascata como o transporte de grãos aos mercados interno e externos. Por isso os transportes cresceram 9,8% em 2023.

No varejo ampliado, entre os setores com impacto abrangente na economia de SC que mais cresceram foram o de veículos e peças, com 9,4%, combustíveis 8,5% e materiais de escritório e informática 22,3%.

A produção industrial teve recuperação gradativa no ano, com melhor resultado em dezembro. Os setores que mais cresceram foram borracha e plástico (10,1%), equipamentos elétricos (7,7%) e máquinas e equipamentos (3,7%). O consumo doméstico e as exportações ajudaram, enquanto o juro alto prejudicou.

Nesta sexta-feira, o IBGE publica o PIB oficial do Brasil em 2023. Boa parte das instituições financeiras previram alta próxima de 3%.  O PIB oficial dos Estados de 2023 sairá daqui a quase dois anos.

Via NSCTotal – coluna Estela Benetti