Pouco mais de quatro meses após o início da pandemia em Santa Catarina que gera profunda crise econômica, balanço da Junta Comercial do Estado (Jucesc) mostra que o saldo de novas empresas segue positivo, apenas com um leve recuo. De 17 de março, quando começou o isolamento social, até 21 de julho (terça-feira desta semana), SC registrou acréscimo de 33.480 novas empresas, 650 a menos do que no mesmo período do ano passado, quando o saldo ficou em 34.130 novas empresas. A distribuição no Estado foi equilibrada, com liderança de Florianópolis no período de janeiro a 17 de julho, com 1.091 novos CNPJs.

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Desde o início do isolamento social até terça-feira (de 17 de março a 21 de julho), o período da crise, foram abertas no estado 49.357 novas empresas e fechadas 15.877. Entre as aberturas estão 38.523 CMPJs de Microempreendedores Individuais (MEIs) que, na maioria das vezes, são negócios abertos por pessoas que perderam o emprego. Entre as abertas estão 7.956 empresas limitadas e 188 em grupo de ‘Outras’ que inclui empresas maiores.

No mesmo período de 2019, segundo a Jucesc, foram abertas 52.129 empresas e fechadas 17.999, com saldo positivo de 34.130 empresas. Desse total de novas, 38.718 foram MEIs, 6.681 limitadas e 234 no grupo de outras.

Desde o início de janeiro até 17 de julho deste ano, a Jucesc registrou saldo positivo de 30.601 novas empresas enquanto no mesmo intervalo do ano passado, foram 32.072. No período, Florianópolis liderou o saldo positivo com 1.091 novas empresas, seguida por Joinville (860), Blumenau (575), São José (534), Itajaí (515), Balneário Camboriú (341) Palhoça (286), Chapecó (260), Criciúma (249), Jaraguá do Sul (226) e Lages (171).

Observando apenas as mudanças nos registros de empresas na Junta Comercial, dá para concluir que a crise econômica não vem fazendo estragos maiores na economia catarinense. Até porque, agora que a junta é digital, não há custo para abrir e fechar uma empresa. Contudo, uma série de outros dados econômicos mostra o peso da crise, um deles que resume a vida real é a queda da arrecadação de ICMS do Estado nos meses de abril (-18,8%), maio (-25,1%) e junho (-15,6%). 

Além disso, milhares de empresas seguem sem conseguir empréstimo para capital de giro e poderão fechar as portas logo mais, se não tiverem algum tipo de ajuda. Por enquanto, muitas seguem lutando para não fechar e aproveitando as oportunidades na leve melhora da economia. 

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti