A definição política do governo federal, com o afastamento de Dilma Rousseff e posse de Michel Temer na Presidência da República torna mais clara a política econômica do Brasil, com foco no ajuste fiscal e retomada da confiança na economia. Com essa mudança, há o fim da chamada “nova matriz econômica” adotada por governos do PT, que permitiu menor controle de gastos públicos e atenção alguns setores em detrimento do todo, e é efetivada uma equipe que promete trazer de volta o equilíbrio do tripé macroeconômico, que inclui responsabilidade fiscal, controle da inflação e câmbio flutuante.

Com esse novo quadro, nos cinco meses que ainda restam deste ano, a economia de Santa Catarina vai iniciar uma retomada do crescimentoainda com muitos sobe e desce porque os setores de comércio e serviços do país estão muito debilitados. Mesmo assim, será um dos primeiros Estados a sair da crise porque a indústria é quem está puxando a volta do crescimento e o setor de transformação catarinense é o mais diversificado do Brasil, tendo mostrado fôlego melhor do que a média, especialmente em empregos e exportações nos últimos anos.

Para 2017, caso o governo Temer consiga aprovar no Congresso a limitação dos gastos públicos de acordo com a inflação do ano anterior e avançar nas propostas de reformas da Previdência e trabalhista, a confiança dos agentes econômicos será ainda maior e o crescimento do PIB também, devendo alcançar de 1,5% a 2%. Nesse cenário, Santa Catarina pode crescer mais do que a média nacional, como ocorreu na maioria dos últimos anos, quando a economia do Brasil esteve em alta.

Pesa também para esse cenário positivo no Estado o fato de os empresários da indústria, do comércio e também os consumidores daqui já estarem mais confiantes na economia do Brasil. Isso só vai dar errado, com uma estagnação econômica ou uma piora do quadro, se ocorrerem mais fatos políticos envolvendo a Lava-Jato, com o envolvimento do novo governo.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti