O governo estadual tem reivindicações prioritárias no Ministério da Saúde: pagamento das dívidas de R$ 300 milhões; elevação da remuneração a Santa Catarina nos padrões do Paraná e Rio Grande do Sul; liberação de recursos para as cirurgias eletivas; e elevação do extrateto.

O ministro da Saúde, deputado Ricardo Barros (PP), passou o dia em Florianópolis e Joinville, mas, concretamente, não fez nenhum anúncio significativo. Queixou-se da falta de recursos, da grave crise econômica e prometeu que iria analisar os pleitos do Estado.
A classe médica tem reivindicações conhecidas no Ministério da Saúde: renovação do programa Mais Médicos em outras condições legais e técnicas, sem o caráter ideológico da importação de cubanos, com diploma revalidado e fiscalização dos conselhos de Medicina brasileiros; adoção da carreira de médico de Estado; e apoio à campanha Saúde + 10.

O ministro não deu qualquer sinalização sobre as pretensões da classe médica. Ou ficou contra ou deixou no ar. A Associação e a Federação dos Hospitais de Santa Catarina vivem mendigando ao poder público. Oshospitais filantrópicos e comunitários, que atendem mais de 70% dos pacientes SUS, estão com dívidas milionárias e com créditos de milhões de reais nos governos federal e estadual.
O ministro da Saúde veio ao Estado, mas as entidades dos hospitais não foram convidadas para uma reunião. Assim, a visita teve como balanço um misto de decepção e frustração na área da saúde. Na pública, na particular e na comunitária.

 

Via DC- Coluna Moacir Pereira