A economia brasileira não pode crescer acima de 3% neste ano. Se isso acontecer, vai aumentar um problema já verificado no final do ano passado, ligado à logística de transporte: o da falta de caminhões para atender à crescente demanda de clientes que necessitam fazer entregas de mercadorias aos seus consumidores finais. Não por acaso, milhares de pessoas não puderam entregar presentes de Natal, comprados via internet, a tempo: os destinatários só receberam após o dia 26.

O alerta é do empresário joinvilense Ari Rabaioli, que é presidente da Federação das Empresas de Transporte e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc).

— Acreditamos que em 2018 haverá expansão mais significativa dos negócios do que em 2017. (Que já foi melhor do que em 2016). Se o PIB crescer 2% neste ano de 2018, então daremos conta — avalia.

Rabaioli se baseia na realidade do setor. No final de 2017, empresas de países do Mercosul, em especial da Argentina, tiveram de buscar transportadoras do Mato Grosso para fazer suas entregas porque nós, no Sul, não tínhamos quantidade suficiente de veículos para atender às necessidades.

Este é apenas um pequeno sinal das limitações de infraestrutura que tem o País. Dá para imaginar os transtornos que haverá nos portos e nas estradas caso a riqueza nacional aumente vigorosa e consistentemente, a partir de agora.

Via NSCTotal – por Claudio Loetz