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Evento aconteceu nesta segunda-feira, 21, e contou com a participação de gestores de 14 municípios

O secretário de Estado da Fazenda, Antonio Marcos Gavazzoni participou nesta segunda-feira, 21, de uma reunião com os prefeitos dos 14 municípios que compreendem a Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Xanxerê. O evento que aconteceu no auditório da Associação dos Municípios do Alto Irani (AMAI), teve como tema a atual situação econômica do Estado de Santa Catarina e ainda as perspectivas de arrecadação.

Gavazzoni comentou que a crise é o assunto que mais tem gerado especulações e nos últimos 100 anos, o Brasil enfrentou sete grandes crises. Quatro delas derrubaram o PIB brasileiro para baixo de zero. A crise do atual cenário já afetou o PIB de 2014 e de 2015. Somados os dois anos a crise econômica deste momento é a que mais derrubou o PIB brasileiro em sua história.

Conforme Gavazzoni, diante deste cenário, este é o pior momento da história da economia brasileira e a área pública precisa estar muito bem preparada para mudar o comportamento da sua gestão de finanças. “Não podemos esperar ao longo dos próximos meses, que uma economia que murchou em relação ao ano passado, vá dar recursos públicos através de impostos para sustentar as estruturas que temos”, explica.

Os gestores públicos precisam manter o diálogo e conversar de forma franca com a sociedade para que estejam preparados para os momentos em que uma série de reformas estruturantes no Brasil, nos estados e, sobretudo nos municípios, tenham que acontecer para melhorar a gestão pública no futuro.

Em Santa Catarina, o governo optou por reformas em sua estrutura e não pelo aumento de impostos. Entre as medidas adotadas está a reforma da previdência, aumento da alíquota do servidor, redução de estrutura e cargos comissionados e ainda o enxugamento dos órgãos.

“A segurança e certeza que temos é que a crise vai passar, mais cedo ou mais tarde. O fato é que nós optamos aqui em Santa Catarina por um caminho mais difícil, pois 21 Estados do Brasil dos 27, aumentaram os impostos. Para ficar com exemplo do Sul, o aumento da taxa de energia no Rio Grande do Sul e Paraná foi de 30% e, o nosso continua em 25%. Sempre digo que não é barato, mas é o mais barato do Brasil e ao optar por não elevar a carga tributária nos tornamos o mais competitivo tributariamente do país”, disse Gavazzoni.

O secretário ainda destacou que o pós-crise irá beneficiar Santa Catarina já que os investimentos no Brasil deverão crescer rápido e o Estado será o destino majoritário desses investimentos. Isso tudo pelo fato de que Santa Catarina enfrentou a crise sem seguir a receita fácil de jogas para cima da sociedade e de quem gera emprego, o custo da estrutura pública. A expectativa é que cerca de R$ 26 bilhões de investimentos sejam aportados no Estado após a crise.

 

Via SEFAZ/SC