O desemprego recuou para 13,7% em junho, último mês do trimestre móvel iniciado em abril. O percentual foi atingido depois de ficar em 15,1 % em março. Já a taxa de desocupação dessazonalizada, que exclui os efeitos das variações sazonais do conjunto de dados temporais de junho (13,8%), é a menor apurada desde maio de 2020. Os números estão no estudo divulgado ontem pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Foi analisado o desempenho recente do mercado de trabalho, com base na desagregação dos trimestres móveis da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE e em informações do Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério da Economia.

A pesquisa do Ipea mostrou, ainda, que o crescimento recente das contratações tem ocorrido, principalmente, em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal. Entre eles, estão o da construção, que registrou alta anual da população ocupada em 19,6%, a agricultura (11,8%) e os serviços domésticos (9%).

Outro dado do estudo é que, no segundo trimestre de 2021, na comparação interanual, a expansão dos empregados no setor privado sem carteira atingiu 16%, e a dos trabalhadores por conta própria, 14,7%. Ainda com base nos dados da PNAD Contínua, o aumento do emprego no segundo trimestre se espalhou por todos os segmentos da população, se comparado ao mesmo período do ano anterior, mas teve destaque o crescimento da ocupação entre as mulheres (2,2%),jovens (11,8%) e trabalhadores com ensino médio completo (7%).

Via Coluna Mercado – Jornal NDmais – Edição impressa 28/09/2021