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A maior parte desses municípios têm em comum serem de pequeno porte

Quando se olha para as cidades de Santa Catarina que apresentaram a maior variação percentual do Produto Interno Bruto (PIB), a constatação é clara: tamanho não é documento. Dos 10 municípios do Estado onde a produção de riquezas mais cresceu de 2020 para 2021, conforme dados divulgados na sexta-feira (15) pelo IBGE, seis não têm mais de 5 mil habitantes e nove convivem com menos de 10 mil moradores.

A lista é liderada por Vargeão. No município do Oeste catarinense, onde os 3.634 moradores têm descendência predominantemente italiana e a economia é essencialmente agrícola, o PIB cresceu 80,41% em 2021. A maior variação do Estado faz jus ao título de “terra do meteoro”. É que pesquisadores acreditam que um grande corpo celeste caiu na área onde a cidade foi constituída milhões de anos atrás, formando uma grande cratera.

Curiosidade astronômica à parte, Vargeão e outras cidades catarinenses com crescimento expressivo do PIB (veja na galeria abaixo) se valem justamente do pequeno porte. Nestes casos, como a base da economia é menor, oscilações pontuais de alguns setores tendem a provocar uma maior variação percentual – embora o resultado absoluto nem sempre signifique muita coisa.

Dos 10 municípios do Estado onde o PIB mais cresceu, a exceção à regra é São Francisco do Sul. Com cerca de 53 mil habitantes, a cidade ampliou a produção de riquezas em 79%, de R$ 4,74 bilhões para R$ 8,51 bilhões. Assim como Itajaí, que assumiu a liderança do ranking de cidades mais ricas do Estado, há aí influência da cadeia portuária.

As 10 cidades de SC com maior crescimento percentual do PIB

1º – Vargeão: 80,41% – R$ 116,14 milhões

2º – Cerro Negro: 80,24% – R$ 141,41 milhões

3º – São Francisco do Sul: 79,35% – R$ 8,51 bilhões

4º – São José do Cerrito: 63,93% – R$ 318,8 milhões

5º – Bom Jardim da Serra: 53,52% – R$ 371,6 milhões

6º – Aurora: 51,81% – R$ 406,8 milhões

7º – Arvoredo: 50,40% – R$ 203,8 milhões

8º – Capão Alto: 47,9% – R$ 235 milhões

9º – Palmeira: 46,89% – R$ 187,8 milhões

10º – Ermo: 46,69% – R$ 176,5 milhões

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Onde a economia encolheu

Das 295 cidades catarinenses, 286 registraram crescimento no PIB em 2021. Apenas nove municípios empobreceram. Nestes casos, a mesma leitura se aplica aos exemplos que tiveram aumento expressiva da produção de riquezas: oito destas nove cidades têm menos de 10 mil habitantes.

Com isso, oscilações na economia, ainda que pontuais, também podem puxar o resultado final para o vermelho. Na liderança deste ranking negativo está Caxambu do Sul, no Oeste catarinense, onde o PIB encolheu 15,1% em 2021 na comparação com 2020.

As 10 cidades de SC com maior queda percentual do PIB

1º – Caxambu do Sul: -15,3% – R$ 164,1 milhões

2º – Correia Pinto: -11,8% – R$ 591,25 milhões

3º – Belmonte: -6,61% – R$ 57,6 milhões

4º – Treviso: -5,38% – R$ 232,2 milhões

5º – Bandeirante: -4,39% – R$ 102,2 milhões

6º – Lajeado Grande: -2,27% – R$ 59,6 milhões

7º – Pinheiro Preto -1,06% – R$ 227,2 milhões

8º – Chapadão do Lageado -0,16% – R$ 97,9 milhões

10º – Leoberto Leal: -0,08% – R$ 119,7 milhões

Via NSC TotalColuna Pedro Machado