Servidores públicos federais, estaduais e municipais e militantes de centrais sindicais participaram, nesta quarta-feira (13), do primeiro ato contra o PLP 257/2016, que trata do refinanciamento da dívida dos estados e municípios com a União. “ Se não retirarem de pauta este projeto nós pararemos este país” destaca o diretor de Assuntos Legislativos da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil- CSPB, João Paulo Ribeiro.

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O ato teve sua concentração em frente ao Ministério da Fazenda e seguiu rumo ao Congresso Nacional. Os manifestantes pronunciavam palavras de ordem e seguravam faixas escritas “não vai ter golpe contra o servidor”. Eles queimaram um boneco e um caixão com coroa de flores (como símbolo da “morte” da proposta e a retirada do pedido de regime de urgência do Executivo).

Caso o governo não cumpra a promessa feita pelo ministro Ricardo Berzoini, na última terça-feira (12), o movimento sindical, com apoio da CSPB, promete paralisação geral por tempo indeterminado.

Para JP,  o movimento superou as expectativas: “ A nossa confederação sempre atuante junto com as centrais sindicais e o sindicato dos servidores públicos do Distrito Federal, neste movimento unificado.  Hoje nós conseguimos reunir uma grande massa. Isto aconteceu no país inteiro. Hoje mostramos que se não retirarem o PLP nós paramos este país. Mostramos que estamos unidos, coerentes, em prol dos servidores públicos do país”, enfatiza.

Assim como JP, o vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Flávio Werneck, disse que o protesto demonstrou que o servidor público tem poder de união. Flávio ratificou a fala do diretor da CSPB ao apoiar greve geral caso seja necessário.

O manifesto teve objetivo de chamar a atenção para os prejuízos embutidos no PLP 257/16. “ Esse projeto veio com uma capa, com um manto que parcela a dívida dos Estados. Mas daqui a dez, doze anos um problema muito maior. Queremos que o serviço público seja prestado com eficiência para todos cidadão brasileiro”. Destacou Werneck.

Para o líder sindical, o servidor público não precisa pagar a conta da crise. Ele disse que para  resolver o problema fiscal do país, a solução seria baixar os juros do banco central: “ Se baixar de treze para dez ou ou 9%, vai sobrar dinheiro; vai parar de pagar para a especulação e terá dinheiro para investir em saúde e moradia que é o que o brasileiro merece”. Afirma.

As lideranças sindicais continuam mobilizando suas bases em todo o país e marcaram reuniões gerais na segunda-feira. Um novo ato está previsto para a próxima quarta-feira (20).

Segundo os dirigentes da CSPB e das centrais, o PLP 257/16 reduz salários, indiretamente, pois aumenta a alíquota do PSS, proíbe concursos públicos e, paulatinamente,  de acordo com o nível de endividamento dos entes federados, pode demitir servidores não estáveis, além de implementar PDVs e de suspender por até oito anos os concursos públicos.

Fonte: Secom/CSPB