Contabilidade com perdas devido à enchente entra só nas contas de novembro e Estado prevê investimentos para conter cheias
Desde o dia 3 de outubro, quando as fortes chuvas começaram em Santa Catarina, diversas atividades econômicas são afetadas pelas águas. Cidades estão parcialmente alagadas. Mas esses impactos ainda não aparecem na contabilidade da receita do Estado porque a arrecadação é no mês seguinte, explica a Secretaria de Estado da Fazenda, ao destacar que até em 10 de outubro, a arrecadação de impostos foi dentro do esperado.
Em outra frente, o governo do Estado está se mobilizando para conseguir recursos para investimentos em obras que evitem esses constantes alagamentos em Santa Catarina, em especial no Vale do Itajaí. O governador Jorginho Mello (PL) informou que o Estado vai buscar soluções fazendo dragagem de rios, drenagem, barragens e usinas hidrelétricas, quando possível.
O principal desafio é conseguir recursos. Jorginho Mello informou que já falou com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, sobre isso quando ele esteve em Blumenau na semana passada e se reuniu com autoridades, entre as quais o prefeito blumenauense Mário Hildebrandt.
E quando esteve em Brasília, também na última semana, o governador conversou com a senadora Daniela Ribeiro (PSD), relatora do Orçamento da União. Solicitou a ela incluir recursos ao projeto feito pela agência japonesa Jica para o Vale do Itajaí.
No caso de usinas hidrelétricas, a Celesc pode fazer em parceria com investidores privados ou o projeto pode ficar totalmente com a iniciativa privada. Essa solução pode ser mais rápida.
O Estado tem como alternativa, também, recorrer a instituições internacionais como o Banco Mundial (Bird) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Nesse caso, como é preciso elaborar projetos, é um processo mais demorado, mas pode ser importante porque o importante é fazer bem, para ter soluções no longo prazo.
via NSCTotal – coluna Estela Benetti