As maiores reduções de produção devido ao tarifaço dos Estados Unidos foram nos setores de madeira, com queda de 22,8%, e móveis, com recuo de 13% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado
O tarifaço dos Estados Unidos e a continuidade dos juros básicos altos impactaram a produção industrial de Santa Catarina em agosto. A pesquisa mensal do IBGE apurou queda de -2,2% no mês frente a agosto do ano passado e de 1,8% na comparação com o mês anterior, julho, na série com ajustes sazonais. Com essa retração, o crescimento da indústria catarinense no acumulado do ano ficou em 3,3%, em 12 meses, teve alta de 5%.
As maiores retrações em agosto frente ao mesmo mês do ano passado em função do tarifaço foram nos setores de madeira, com queda de 22,8%, e móveis, com recuo de 13%.
Outros setores tiveram desempenho negativo na mesma comparação impactados principalmente pelos juros altos. São os casos dos grupos de fabricação de veículos, reboques e carrocerias, com recuo de 16,9%; confecções, vestuário e acessórios com queda de 8,2%, e produtos químicos com redução de 6,3%.
O setor de minerais não metálicos teve queda de 6,8% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. A maioria desse grupo em SC é de revestimento cerâmico, que enfrenta o impacto do juro alto no mercado interno e do tarifaço nas exportações.
Os grupo de produtos que mais cresceram em agosto na comparação com o mesmo mês de 2024 foram fabricação de metal exceto máquinas e equipamentos com alta de 16,8%, fabricação de máquinas e equipamentos cresceu 7,9%, papel e celulose cresceram 4,8%, máquinas, aparelhos e materiais elétricos tiveram alta de 3,8% e a indústria de alimentos cresceu 0,8%.
A indústria brasileira fechou agosto com crescimento de 0,8% frente ao mês anterior, teve queda de 0,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado, cresceu 0,9% no ano e 1,6% em 12 meses.
Considerando os 18 estados pesquisados pelo IBGE, nove tiveram queda de produção em agosto frente ao mesmo mês do ano passado: Mato Grosso (-12,8%), Maranhão (-11,4%) e Amazonas (-9,3%), Mato Grosso do Sul (-5,7%), Ceará (-5,5%), Minas Gerais (-4,8%), Pernambuco (-2,5%), São Paulo (-2,4%) e Santa Catarina (-2,2%). Agosto deste ano teve um dia de produção a menos do que em 2024.
Para os próximos meses, o cenário segue difícil para a indústria catarinense, apesar de o segundo semestre ser de maior ritmo de atividades puxado principalmente pelas maiores vendas de final de ano.
Via NSCTotal

