O Banco Central do Brasil cortou mais uma vez, nesta quarta-feira, a taxa básica de juros Selic, que caiu para 4,25% ao ano. É um movimento necessário diante da situação da economia brasileira de baixo nível de atividade e inflação sob controle. Entre os pontos positivos estão o barateamento do custo da dívida da União e Estados e uma certa queda nos custos de juros para o consumidor, especialmente nos setores de imóveis e automóveis.

Apesar dessa redução dos juros nominais e reais, para o consumidor que toma dinheiro emprestado as taxas continuarão altas porque o mercado está acostumado com spreads altíssimos e precisa resolver pendências como inadimplência, compulsório. Por isso, o cliente bancário que buscar um empréstimo ainda vai pagar um juro caro.

E para o brasileiro que vive de renda, quer por meio de uma aplicação direta no mercado financeiro, quer por meio de um fundo de previdência, será preciso se adaptar para viver com menos recursos.

Se antes, com a Selic em dois dígitos, para cada R$ 100 mil ele ganhava por ano mais de 10%, ou seja, acima de R$ 10 mil, agora vai ganhar em torno de R$ 4 mil. Como esse investidor já está usufruindo da sua renda aplicada, terá que se conformar com isso e ir ajustando os gastos. Afinal, não dá para correr riscos investindo em bolsa ou outro tipo de renda variável.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti