Após avanço de 3,1% em março frente ao mês anterior, fevereiro, e de cair 1,9% em abril na comparação com o período anterior, a produção industrial catarinense fechou com resultado positivo de 0,1% em maio frente a abril. Os dados do IBGE comprovam oscilação, mas indicam que o setor pode estar caminhando para uma estabilização, pelo menos deixando de cair. Na comparação com maio de 2015, a produção do setor teve retração de 6,2%, nos cinco primeiros meses do ano teve queda de 7,3% e no acumulado dos últimos 12 meses recuou 8%. No Brasil, o resultado foi zero a zero, o que indica mais crise.

O levantamento apontou que as principais contribuições positivas no Estado em maio frente a abril vieram dos setores de alimentos (6,8%) com influência da maior produção de óleo de soja refinado, carnes e miudezas de aves congeladas, rações e outras preparações de alimentação de animais e biscoitos. O setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos cresceu no Estado 7,5% em maio.
Mais uma vez, os setores com maior dificuldade no Estado foram os de produtos de metal (-28,9%), metalurgia (-18,6%), produtos de minerais não-metálicos (-16,5%), de máquinas e equipamentos (-12,1%) e de produtos de borracha e de material plástico (-11,8%). O setor de confecções, artigos de vestuário e acessórios também tiveram forte retração (-15,5%). A indústria catarinense segue afetada pela crise do país, que impõe baixa demanda interna. A economia aguarda a definição do impeachment em agosto para decidir sobre novos investimentos.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti