O setor público consolidado encerrou abril com um superávit primário de R$ 10,182 bilhões, o resultado mais baixo para o período desde 2004. Os números foram apresentados pelo Banco Central (BC).

No primeiro quadrimestre de 2016, o superávit primário foi de R$ 4,411 bilhões, o pior da série histórica do BC. Um ano antes, foi registrado saldo positivo de R$ 32,448 bilhões. Em abril de 2015, o superávit tinha sido de R$ 13,445 bilhões.

Em 12 meses, o governo geral verificou déficit de R$ 139,285 bilhões, ou o equivalente a 2,33% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 2,28% do PIB em março. O déficit fechou 2015 correspondendo a 1,88% do PIB.

O resultado do mês reflete um superávit do governo central de R$ 8,714 bilhões e um superávit de R$ 1,599 bilhão dos Estados e municípios. As estatais tiveram déficit de R$ 131 milhões.

A meta de déficit para o setor público consolidado para este ano é de R$ 163,942 bilhões conforme projeto aprovado na semana passada, ou 2,64% do PIB. Para o governo central, a meta é de um déficit R$ 170,5 bilhões, ou 2,75% do PIB e, para os entes subnacionais, a proposta é de superávit de R$ 6,554 bilhões, mas ainda não considera a renegociação de dívidas dos Estados. A proposta inicial para o ano era de um superávit de R$ 30,5 bilhões ou 0,5% do PIB, sendo R$ 24 bilhões do governo central.

No conceito nominal de resultado fiscal, que inclui os gastos com juros, o governo geral teve déficit de R$ 13,163 bilhões em abril. Um ano antes, contido, houve superávit nominal, de R$ 11,232 bilhões. O resultado mais recente considera uma conta de juros que totalizou R$ 23,345 bilhões e o superávit primário de R$ 10,182 bilhões.

Em 12 meses, o déficit nominal totalizou R$ 603,713 bilhões ou 10,08% do PIB, avançando de 9,71% do PIB em março. No ano, o déficit nominal equivaleu a R$ 104,291 bilhões, resultado de um pagamento de juros de R$ 108,7 bilhões e de um superávit primário de R$ 4,411 bilhões.

Os dados não incluem Petrobras e Eletrobras. Os bancos estatais também não entram na conta, pois as estatísticas se referem ao setor público não financeiro.

 

Via Valor Econômico