Muitos direitos, muitas despesas e poucos deveres cumpridos. Esta é a situação do setor público brasileiro. Para enfrentar o déficit de R$ 139 bilhões previsto para o ano que vem, o governo federal estuda elevar a Cide, oPis/Cofins e o Imposto sobre Operação Financeira (IOF). Em contrapartida, promete conter despesas da ordem de R$ 80 bilhões, que cresceriam se nada fosse feito. Foi isso que destacou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista na edição de domingo do jornal O Estado de S. Paulo.

Essa redução de despesas viria da aprovação do limite de gastos dentro da variação da inflação já que nos últimos anos as despesas têm subido 6% acima. Embora o número previsto de corte seja robusto, não há certeza que ocorrerá e faltam medidas mais consistentes, como redução de pessoal e benefícios que podem estar sendo pagos sem necessidade. O setor público precisa fazer o mesmo que as famílias e empresas, ou seja, adequar suas despesas de acordo com as receitas, não só nesta fase de crise, mas sempre. A propósito, há um grupo de economistas que defende até redução de jornada, de salários e demissões no setor público.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti