Dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo IBGE hoje apontam queda de 0,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior – o período de outubro a dezembro – e de 5,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Nos últimos 12 meses, caiu 4,7%. É um resultado ruim, mas um pouco menos pior do que o mercado previa, que era uma retração de 0,7% a 0, 8%. As exportações tiveram alta de 6,5% frente aos últimos três meses de 2015 e o consumo do governo avançou 1,1%. Os demais números caíram. A indústria segue sofrendo mais. Teve um recuo de 1,2% na comparação com o último trimestre e de 7,3% em relação a janeiro a março de 2015.

Um dos indicadores importantes do PIB é a formação bruta de capital fixo (FBCF) que registra a compra de equipamentos e o ritmo da construção civil. Esta caiu 2,7% frente aos meses anteriores e 17,5% na comparação com os mesmos meses do ano passado. Assim, a taxa de investimentos ficou em 16,9% do PIB. Para o país crescer razoavelmente bem, deveria ficar em 25% do PIB.  A poupança, outra variável importante para investimentos, caiu e ficou em 14,3% do PIB.

Esta crise, que vai continuar porque os investimentos seguem baixos, é resultado de uma série de decisões erradas do governo de Dilma Rousseff, que privilegiou alguns setores econômicos, deixou a inflação descontrolar e gastou muito mais do que o governo poderia. Se o governo em exercício não conseguir a confiança do mercado, não dá para prever quando a recessão vai acabar, apesar de alguns setores registrarem poucas melhorias.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti