No Encontro Econômico Brasil-Alemanha, que será de 16  a 18 deste mês na cidade de Waimar, estado da Thuringia, os governos de Santa Catarina e do estado anfitirão vão assinar um acordo de cooperação para as áreas de economia e outras.  A informação é do Cônsul Geral da Alemanha para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Stefan Traumann. Empresários do Estado integrarão missão liderada pelo presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.

Que tipo de parceria será apoiada a partir do acordo de cooperação entre SC e Thuringia?
No ano passado, quando aconteceu o Encontro Econômico Brasil-Alemanha em Joinville, tivemos a  assinatura de uma carta de intenções entre o Estado de Santa Catarina e o Estado da Thuringia. Este ano, os dois vão formalizar esse acordo de cooperação em diversas áreas, sobretudo em economia, ciência, cultura e turismo. Os dois Estados poderão reforçar, por exemplo, o ensino dos idiomas alemão e português. Nossas empresas no Brasil, especial no Sul, buscam profissionais  que sambem falar alemão e é muito difícil encontrar. Nossos parceiros no Brasil dizem que é preciso ensinar também português na Alemanha.

Quais são os setores mais fortes da economia da Thuringia?
Entre os setores que se destacam estão o ótico – sedia o grupo Carl Zeiss –  e o automotivo. No turismo, além dos aspectos históricos, castelos, há parques de montanhas muito visitados.

Como os empresários alemães estão vendo o atual momento da economia brasileria?
Ainda vivemos uma situação bem difícil. A euforia de 2010 e outros anos não é a mesma, mas os empresários alemães reconhecem que há muitas oportunidades no Brasil, espcialmente no Sul. Além disso, já vemos sinais positivos na econmia. Durante o encontro, oas alemães não poderão anunciar grandes investimentos, mas poderão identificar oportunidades. Acho que veremos mais investimentos alemães no Sul do Brasil nos próximos anos.

O Brasil está barato para a compra de empresas, fusões e aquisições. Como estão vendo isso?
As empresas alemães estão atentas a isso, fazem pesquisas, mas avaliam se poderão ter lucro. A situação é difícil com o custo Brasil. Esperamos que, com o novo governo, as condições melhorem. Eles sempre fazem as mesmas perguntas: custo de importações, dos impostos e do trabalho. Acreditamos que um mercado mais aberto no Brasil seria benéfico aos dois países.

E o acordo com o Mercosul?
A Alemanha espera que esse acordo seja fechado logo. Há um potencial de mercado muito grande, especialmente no Brasil, embora a Argentina e outros países também ofereçam boas oportunidades nas suas economias.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti