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Painel debate reforma tributária na Fiesc

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto ao IBGE mostra motivos pelos quais a economia brasileira não consegue crescer. De 2006 até 2019 (14 anos), o comércio brasileiro teve crescimento acumulado de vendas de 66% e a produção da indústria de transformação caiu 5,6%. E nos últimos 10 anos, o crescimento médio da economia brasileira ficou nos pífios 0,3% ao ano. A principal causa disso, segundo o gerente de política econômica da CNI, Mário Sérgio Telles, é a alta carga tributária. Outra razão é o fato de o setor público gastar tanto em salários e outros itens que não sobra mais para investir. Por isso a confederação defende reforma tributária ampla.

Telles foi um dos palestrantes de painel da Semana da Indústria, nesta quinta-feira (27), no qual também falaram o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, o diretor de Relações Públicas Governamentais da General Motors do Brasil Adriano Barros e o presidente da holding GBGA, Luiz Gonzaga Coelho.

– O brasileiro consome, mas não é a indústria nacional que vende – alerta o executivo da CNI ao destacar que o sistema tributário brasileiro tira capacidade de competir do Brasil, tanto no mercado interno, quanto no mercado externo.

Telles também antecipou estudo inédito da CNI que será divulgado em junho, segundo o qual resíduos da acumulação de impostos no Brasil torna um produto da indústria local 7,4% mais caro do que o importado. Além disso, o país tem um contencioso tributário, ou seja, questionamentos de cobranças de impostos que as empresas consideram injustos, de R$ 5 trilhões. Isso também retira competitividade.

Estudos apontam que uma reforma tributária ampla, que inclui impostos federais municipais e estaduais vai permitir a economia brasileira crescer de 4% a 5% mais, o que resultará em acréscimo de R$ 330 bilhões a R$ 430 bilhões no PIB.

Também palestrante no evento, o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, defendeu a reforma ampla do setor tributário, incluindo impostos estaduais e municipais. Segundo ele, da indústria catarinense deseja reformas e redução da carga tributária. Um dos obstáculos à reforma ampla são as prefeituras, que não aceitam mudanças no ISS, já alertaram técnicos do ministério da economia.

Via NSC Total – Coluna Estela Benetti